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Medidas de profilaxia devem ser reforçadas mesmo com vacinação
Apesar de segura e único meio de conter a alta taxa de transmissão, a vacina deve demorar a alcançar a maior parte da população
Publicado em 20/04/2021 - Última modificação em 20/04/2021 às 15h48
A vacinação é um tipo de profilaxia que, aliada a hábitos de higiene, colabora na prevenção de doenças, entre elas a Covid-19. A pandemia desencadeou uma corrida para o desenvolvimento de imunizantes como forma de conter o avanço do vírus. Nesse meio tempo foram várias as fake news relacionadas a medicamentos, antes utilizados para outras doenças, como alternativas de prevenção, porém sem eficácia comprovada ou cientificamente atestada.
“Somente a vacinação em massa e, ainda por algum tempo, o uso da máscara e o distanciamento conseguirão conter a circulação do vírus”, afirma Renato Pedreiro Miguel, presidente do CRBM-3 e biomédico imunologista. Para ele, o retorno ao antigo estilo de vida num curto espaço de tempo ainda vai demorar e as pessoas terão de manter o comportamento preventivo ainda que já estejam vacinadas.
Isso porque a maioria das vacinas disponíveis contra o coronavírus precisa de reforço. Ou seja, ainda não está evidente quanto tempo dura de fato a proteção. Nesse caso, não é possível ter certeza também se o indivíduo estará totalmente protegido e não disseminará mais o vírus.
“Estudos científicos seguem por todo o mundo e têm contribuído para entendermos tanto o comportamento do vírus quanto as reações do imunizante no organismo. Só tempo vai mostrar o que de fato ocorre e se, futuramente, haverá ou não a necessidade de reforço seja anual ou por períodos maiores, como ocorrer, por exemplo, com a febre amarela, cujo reforço ocorre a cada década”, afirma o especialista.
A previsão dos especialistas é a de que a vacina contra a Covid deverá ser aplicada anualmente, assim como ocorre com a gripe.
Defesa
Ao receber a primeira dose de uma vacina, as células de defesa do organismo se concentram na produção de anticorpos. Já a segunda dose promove o aumento dos anticorpos, que atuam contra os agentes invasores quando a pessoa é exposta fortalecendo o sistema imulógico, o que leva certo tempo.
Há ainda o risco da mutação do vírus, como ocorreu no estado do Amazonas e de Minas Gerais etc, no caso do Brasil, cujas variantes surgiram com efeito de contaminação ainda maior.
Assim, cuidados que se tornaram comuns durante a pandemia: uso de máscara em ambiente público, álcool em gel, ambientes domésticos mais arejados e distanciamentos deverão ser mantidos ainda por mais alguns meses. Por sorte, já nos habituamos com eles. (Imprensa CRBM-3)